Entre portas do metrô
E semáforos na rua;
Ao sol quente da calçada
E à fria luz da lua.
Com barulho e cotovelos
Ou silêncio enganador;
Com a música da infâmia
Ou a voz do perdedor.
Com os olhos divididos
Entre pontes e pedaços;
Com as portas entreabertas
E as ideias no espaço.
Em Atlantas colossais
Com café preto e fervendo;
E em varandas abissais
Com o vinho à mão do vento.