Massacre das horas
Procede sem rumo;
Perdeu suas botas,
Mas não o seu punho.
As vítimas correm,
Debalde porém;
A rodo elas morrem,
Não sobra ninguém.
Segundos, minutos
Escorrem dos corpos,
Cansados, imundos,
Caídos por golpes.
Menor cada vez
É o nosso futuro;
Já sinto a algidez
Do fim prematuro.